A Pedra do Cruzeiro, localizada em Gonçalves/MG, ganha este nome com a capela construída em seu topo, atraindo anualmente centenas de fiéis em uma tradicional procissão, du - rante a Semana Santa. Aos olhos de um montanhista, o maciço rochoso atrai a atenção pelo grande diedro que se forma na direita. Em termos de escaladas tradicionais nestas paredes, foram raras as investidas até o momento. No entanto, no início de 2014 foi descoberto um grande potencial para a prática de bouldering por ali, no que parecem ser as pedras que se des - pedaçaram da montanha. Há 2 grandes áreas, cada uma com seus subsetores. São mui - tos locais distintos, fazendo do Cruzeiro um dos maiores setores de boulder da região. O bananal, mais próximo das residên - cias e cultivos locais, é o primeiro setor, com grandes blocos e bases geralmente boas. Na floresta, o setor se divide em grupos bastante variados e espalhados por labirintos de pedra, incluin - do grandes salões, galerias e uma cave, mais conhecida como “Gruta do Quarto” pelos turistas. Devido à abundância de vegetação, a maioria das linhas demoram a secar em épocas chuvosas. Em contrapartida, há diversos micro-climas no setor, com alguns locais mais frescos (sombra o dia todo), sendo uma opção relativamente suportável durante os dias de verão. As agarras são geralmente sólidas, alternando desde cristais abrasivos (gnaisse) até batentes macios (basalto). O setor se destaca por ser um promissor pólo evolutivo, com escaladas de graduação mais elevada. Há projetos extremos (cotados em até V14/V15) e o potencial estimado gira em torno de 200 linhas, sendo que aproximadamente 100 foram abertas durante a primeira temporada de desenvolvimento do setor. Croqui: https://drive.google.com/open?id=0BwpQBzRB7jutSmhQMVNiYW1hSnc