18 de Abril de 2015 Estávamos organizando uma trip para São Bento do Sapucaí em São Paulo, testar equipos novos, corda, encontrar os amigos e visitar um dos picos mais irados de escalada, mas antes tinha que fazer frente a uma regata de veleiros em santos com meu amigo Juca Andrade veleirobaldoso.blogspot.com.br A regata foi tranquila, sem novidades, chegamos em último lugar como todas as outras 200 que fizemos entre final de 2013 até hoje. Terminada a regata fui encontrar a Paty, minha mãe e o tio done estavam em casa e resolvemos passar na decatlhon checar se não precisava de mais nada para o acampamento/escalada em SBS. Como de costume, ficamos umas duas horas na loja e compramos mais um pouco de tudo. Passamos no mercado e fomos pra casa arrumar as malas, terminamos por volta da 01 da manhã e acordaríamos as 4h. Tranquilo! As 4h fomos esmagados pelo som do despertador, tomamos um café rápido e fomos, sonolentos para a estrada. Algo que não recomendo. Tivemos que parar algumas vezes para cochilar, pois o cansaço e o sono estavam pesados. Chegamos em São Bento do Sapucaí, na casa/camping alugada pela nossa amiga Sandra a qual, teria um final de semana romântico com o namorado e família o qual nós, mais o Will, a Cris e o André, fizemos o favor de estragar com barracas, equipamentos, convites para escalada e tudo o mais. 10h da manhã e nos preparamos para sair, faríamos a Pedra do Baú pela via normal. Carro cheio (Um H-City, guerreiro, confortável, porta malas gigante, mas que eu estava destruindo de tanta estrada de terra, barranco, rio e etc que costumo visitar) e toca pra cima. Chegamos na base da escada, clipando com segurança e entramos no COL, aí bateu a falta de descanso, sono e despreparo. O COL do Baú dá medo para quem não está acostumado, não é protegido, é alto, bem alto e impressiona. Passamos e fomos para a chaminé, seria a primeira chaminé minha e da paty. Chegando na base damos de encontro com um instrutor de escalada com uma aluna beeeeeem iniciante e que nos atrasou demais, com isso o tempo foi virando, veio uma nuvem aqui outra ali e chuva, muita chuva. Grupo grande e novo no meio do perrengue só pode acontecer uma coisa, problema! Demoramos para decidir se seguíamos pra cima ou desistíamos, o André e o Will seguiram e nos esperaram depois da chaminé. a chuva apertou mais e não tínhamos mais condições de subir. O negócio era esperar acalmar e tentar voltar em segurança. Um casal do Rio estava há muito a nossa frente e também abortou a missão descendo de rapel, foi a nossa sorte, porque nos ajudou a voltar pelo perigoso e agora molhado COL. Volta tensa, mas tranquila e como recompensa curtir o por do Sol. No dia seguinte fomos fazer a via Peter Pan na pedra Ana Chata, já estava descansado, mas bem chateado de não ter dado certo a investida na pedra do Baú. Trilha pesada, longa e com o peso da corda nas costas ficou bem difícil chegar 100% na base da via, mas otimista que sou pedi pra guiar a via. Me preparei e sai fazendo o primeiro lance, meio com tremedeira na perna por conta da trilha, meio impressionado por ser uma via com uma história triste e antes de chegar o primeiro P me bateu meu primeiro pânico, resolvi desistir e a Sandra logo se prontificou a guiar, fazer a Seg da Cris e levar a minha corda para um quase "top rope". Voltei à rocha e cheguei com esforço moderado na primeira parada, pois a Sandra foi uma excelente guia e mostrou como transpor os lances mais difíceis. Ao pegar o auto seguro e clipar na parada percebi que estava preso no rack da cadeirinha ao invés do lugar correto. Se clipasse e soltasse o peso..... Procedimento correto, Eu e Cris na parada, Paty subindo e Sandra indo para a segunda parada. Quando a Paty chegou na parada, após clipar seu auto-seguro sentiu a pressão cair e a tontura bater. Não tinha jeito, minha desatenção com o auto-seguro, a história da rocha, a Paty com pressão baixa foi o suficiente para, mais uma vez, desistirmos e voltarmos em segurança para a casa. Minutos depois a Sandra e a Cris também desistiram e o Will e o Andre foram nos "resgatar", voltamos todos para a casa e curtimos uma senhora de uma fogueira. Terceiro dia. Duas escaladas frustradas, motivação um pouco baixa e ainda era hora de voltar pra SP, mas ainda tinha um dia pela frente e optamos por fazer algo leve, um rapel na pedra do Bauzinho. Esse não teve contratempo, subimos, subimos, subimos, o André e o Will montaram o Rapel e começamos a diversão. De brinde ainda encontramos um dos caras mais doidos que eu já conheci, o Cadu Skyliner, que montou um highline entre o Bauzinho e o COL e nos presentou com um pêndulo irado!!!! Volta para São Paulo tranquila e chegou o momento de uma decisão difícil, era hora de dar o devido descanso ao City, ele simplesmente não tinha nascido pra isso e lutava bravamente em vão. Não sou apegado ao material, mas esse carro teve um significado importante na minha vida que fica para uma próxima. Valeu a parceria Brow. Toca pra cima! Por Aruã http://desligaateve.blogspot.com.br...00-03:00&max-results=7&start=43&by-date=false