Baú e adeus City!

Discussão em 'Relatos de Viagens' iniciado por William Moya, 19/3/17.

  1. William Moya

    William Moya Active Member

    18 de Abril de 2015

    Estávamos organizando uma trip para São Bento do Sapucaí em São Paulo, testar equipos novos, corda, encontrar os amigos e visitar um dos picos mais irados de escalada, mas antes tinha que fazer frente a uma regata de veleiros em santos com meu amigo Juca Andrade
    veleirobaldoso.blogspot.com.br

    A regata foi tranquila, sem novidades, chegamos em último lugar como todas as outras 200 que fizemos entre final de 2013 até hoje.

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    Terminada a regata fui encontrar a Paty, minha mãe e o tio done estavam em casa e resolvemos passar na decatlhon checar se não precisava de mais nada para o acampamento/escalada em SBS.

    Como de costume, ficamos umas duas horas na loja e compramos mais um pouco de tudo.
    Passamos no mercado e fomos pra casa arrumar as malas, terminamos por volta da 01 da manhã e acordaríamos as 4h. Tranquilo!

    As 4h fomos esmagados pelo som do despertador, tomamos um café rápido e fomos, sonolentos para a estrada. Algo que não recomendo. Tivemos que parar algumas vezes para cochilar, pois o cansaço e o sono estavam pesados.

    Chegamos em São Bento do Sapucaí, na casa/camping alugada pela nossa amiga Sandra a qual, teria um final de semana romântico com o namorado e família o qual nós, mais o Will, a Cris e o André, fizemos o favor de estragar com barracas, equipamentos, convites para escalada e tudo o mais.

    10h da manhã e nos preparamos para sair, faríamos a Pedra do Baú pela via normal.
    Carro cheio (Um H-City, guerreiro, confortável, porta malas gigante, mas que eu estava destruindo de tanta estrada de terra, barranco, rio e etc que costumo visitar) e toca pra cima.

    Chegamos na base da escada, clipando com segurança e entramos no COL, aí bateu a falta de descanso, sono e despreparo.

    O COL do Baú dá medo para quem não está acostumado, não é protegido, é alto, bem alto e impressiona.

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    Passamos e fomos para a chaminé, seria a primeira chaminé minha e da paty. Chegando na base damos de encontro com um instrutor de escalada com uma aluna beeeeeem iniciante e que nos atrasou demais, com isso o tempo foi virando, veio uma nuvem aqui outra ali e chuva, muita chuva.
    Grupo grande e novo no meio do perrengue só pode acontecer uma coisa, problema!
    Demoramos para decidir se seguíamos pra cima ou desistíamos, o André e o Will seguiram e nos esperaram depois da chaminé. a chuva apertou mais e não tínhamos mais condições de subir. O negócio era esperar acalmar e tentar voltar em segurança.

    Um casal do Rio estava há muito a nossa frente e também abortou a missão descendo de rapel, foi a nossa sorte, porque nos ajudou a voltar pelo perigoso e agora molhado COL.

    Volta tensa, mas tranquila e como recompensa curtir o por do Sol.
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    No dia seguinte fomos fazer a via Peter Pan na pedra Ana Chata, já estava descansado, mas bem chateado de não ter dado certo a investida na pedra do Baú.

    Trilha pesada, longa e com o peso da corda nas costas ficou bem difícil chegar 100% na base da via, mas otimista que sou pedi pra guiar a via.

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    Me preparei e sai fazendo o primeiro lance, meio com tremedeira na perna por conta da trilha, meio impressionado por ser uma via com uma história triste e antes de chegar o primeiro P me bateu meu primeiro pânico, resolvi desistir e a Sandra logo se prontificou a guiar, fazer a Seg da Cris e levar a minha corda para um quase "top rope".

    Voltei à rocha e cheguei com esforço moderado na primeira parada, pois a Sandra foi uma excelente guia e mostrou como transpor os lances mais difíceis.

    Ao pegar o auto seguro e clipar na parada percebi que estava preso no rack da cadeirinha ao invés do lugar correto. Se clipasse e soltasse o peso.....

    Procedimento correto, Eu e Cris na parada, Paty subindo e Sandra indo para a segunda parada.

    Quando a Paty chegou na parada, após clipar seu auto-seguro sentiu a pressão cair e a tontura bater.
    Não tinha jeito, minha desatenção com o auto-seguro, a história da rocha, a Paty com pressão baixa foi o suficiente para, mais uma vez, desistirmos e voltarmos em segurança para a casa.

    Minutos depois a Sandra e a Cris também desistiram e o Will e o Andre foram nos "resgatar", voltamos todos para a casa e curtimos uma senhora de uma fogueira.
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    Terceiro dia.
    Duas escaladas frustradas, motivação um pouco baixa e ainda era hora de voltar pra SP, mas ainda tinha um dia pela frente e optamos por fazer algo leve, um rapel na pedra do Bauzinho.
    Esse não teve contratempo, subimos, subimos, subimos, o André e o Will montaram o Rapel e começamos a diversão.




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    De brinde ainda encontramos um dos caras mais doidos que eu já conheci, o Cadu Skyliner, que montou um highline entre o Bauzinho e o COL e nos presentou com um pêndulo irado!!!!



    Volta para São Paulo tranquila e chegou o momento de uma decisão difícil, era hora de dar o devido descanso ao City, ele simplesmente não tinha nascido pra isso e lutava bravamente em vão.

    Não sou apegado ao material, mas esse carro teve um significado importante na minha vida que fica para uma próxima.

    Valeu a parceria Brow.
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    Por Aruã
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