ABELHAS CONHECENDO E EVITANDO ATAQUES

Discussão em 'Discussões Gerais' iniciado por William Moya, 8/6/18.

  1. William Moya

    William Moya Active Member

    Um ataque de abelhas é algo onde um escalador deve saber como se comportar, pois o desconhecimento e o desespero podem lhe custar a vida.

    "Esconder no bambuzal, proteger o pescoço e a cabeça, extintores, cheiro de ferormônio... Quais são os outros tipos corretos de procedimento para uma situação destas???"

    Há poucos meses atrás, um acontecimento marcante interrompeu a tranquilidade de algumas escaladas em uma tarde de domingo no Cuscuzeiro, quando um enxame de abelhas enfurecidas promoveu um ataque relâmpago aos escaladores presentes, gerando pânico, desordem, acidentes e perplexidade. Nesse incidente/acidente, quase 28 pessoas presentes ficaram feridas, e a extensão do ataque atingiu um raio de quase 200 metros. Pessoas foram duramente atacadas simultaneamente em todas as faces do Cuscuzeiro.

    A pergunta que abre este texto, feita por um escalador na lista de discussões do HangOn, deixa transparecer sua ansiedade em saber o que fazer e como se proteger durante um ataque de abelhas. Nas duas semanas que sucederam o acontecido, o assunto foi amplamente abordado, e várias opiniões foram surgindo. Nesta matéria, listei algumas dicas e recomendações, lembranças da convivência que tive com apicultores e instrutores, em um estágio que fiz no Apiário Modelo do Instituto de Zootecnia de Pindamonhangaba, em 1985 (estava lá no dia em que Tancredo Neves ganhou a disputa pela presidência do Brasil, contra o Sr. Paulo Maluf, no extinto Colégio Eleitoral, um pouco antes do movimento das "Diretas Já", lembram-se?). Nesse apiário ficamos quase 30 dias "internados" , trabalhando de sol a sol e tomando várias picadas todos os dias...



    Em um só dia, fui "vítima" de um acidente que resultou em mais de 50 picadas desferidas em menos de 3 minutos.

    Tive estreitamento da glote em função do choque, e o que segurou a bronca foi um Fenergan aplicado direto na veia, na entrada do Hospital Municipal de Pindamonhangaba, a uns 10 km dalí. Já parecia que minha garganta tinha sido substituída por um canudinho, e todo o ar que eu respirava entrava por alí. Passei um stress grosso. Posteriormente, trabalhei um pouco com abelhas, em Atibaia. As recomendações abaixo foram elaboradas considerando circunstâncias e contextos diferentes.

    • A primeira recomendação é correr para longe, se possível. Se afastar rapidamente do epicentro do acontecimento continua sendo a maneira mais simples e eficiente de minimizar um ataque de abelhas.
    • Caso não haja possibilidade de fuga, procure rapidamente algum arbusto ou vegetação fechada, e entre o mais que puder debaixo da folhagem, ficando imóvel e em silêncio. Outra possibilidade, esta para locais de vegetação rasteira, é permanecer deitado e de bruços (barriga para baixo). No capinzal, deite e se enfie o mais que puder , cobrindo-se puxando-o pra cima de sí. Cubra a cabeça com os braços e tente não deixar muitas aberturas na sua roupa. Se tiver um casaco, anorak, mochila, sleep, lona plástica ou qualquer objeto que possa ajudar a cobrí-lo, use-o e tente ficar o mais imóvel possível, com o rosto protegido pelo casaco/camiseta/mochila etc.
    • Não gritar, elas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos.
    • Quanto mais escura a sua roupa, tanto mais elas podem atacar. Cores escuras alvoroçam as abelhas, que só enxergam direito as cores mais escuras. É por esse motivo que a maioria dos macacões de apicultor são brancos ou claros, porque essas cores as acalmam.
    • Se você tem várias abelhas grudando em você, entre na vegetação em silêncio e vá se esfregando nas moitas (quando há moitas pra se esfregar), que além de derrubar aquelas penduradas pelo ferrão vai disfarçando o cheiro do hormônio de ataque nas folhas.
    • Esse hormônio é realmente um prodígio da natureza, um sistema de comunicação eficientíssimo entre as abelhas de uma mesma comunidade, pois sabe-se até hoje que existem 3 ou 4 tipos diferentes de hormônios, cada um transmitindo uma orientação distinta.
    Existem 2 tipos ligados a ataques. Ele são volatilizados no ar em menos de dois segundos após a picada, e permanecem durante uns 20 segundos sendo exalados, atraindo rapidamente outras abelhas, já com a ordem irrevogável de que devem atacar. Esse é o motivo pelo qual na maioria dos casos de ataques ocorrem grandes "concentrações" de picadas em pequenas regiões do corpo, também chamados de "empeloteamento de abelhas", e outras área do corpo com poucas ou nenhuma.

    Eu tomei quase 35 perto do ombro, numa área menor que um palmo, e umas 15 ou 20 espalhadas no rosto e um braço. Não parava mais a agonia. Tudo em menos de 3 minutos. Ao contrário dos marimbondos, que podem picar "indefinidamente", as abelhas quando picam morrem, pois seu aparelho excretor e reprodutor sai, arrancado pelas ligações que tem com o ferrão e bolsa de veneno. As vezes, sobrevivem mais de um dia. Portanto, abelhas que estão penduradas após terem picado não picarão novamente, mas devem ser removidas por causa do cheiro.

    • Extintores de incêndio, sejam qual for, nunca estão disponíveis em casos de ataques, e seu raio de ação é restrito, por razões óbvias.
    • Procure manter a calma, como em todas as situações de acidente. Parece bobo recomendar isso, mas há relatos de pessoas que mantiveram a calma e tomaram um número significativamente menor de picadas do que outras mais deseperadas e que estavam bem ao lado.
    Abelhas são seres muito sensitivos e refinados. Alguma coisa em nosso nervosismo as alvoroça. Uma vez, um mateiro foi levar a gente pra tirar uma colméia do pé de um toco podre, pra levarmos pro apiário onde eu trabalhei. Fomos os dois equipados, macacão e véu específico de nylon, e ele foi de calção, sem camisa e descalço. Ao perguntar-lhe se iria assim, vestido desta forma, garantiu que não tinha problema, mas recomendou timidamente que usássemos.

    Durante a remoção, com elas zunindo furiosas, nós levamos 2 ou 3 picadas leves cada um, por cima da roupa, e o cara ficou o tempo todo do lado, a 1 metro da boca do toco. De vez em quando ele assoprava a fumaça do seu cigarro de palha nos braços e no seu peito, e boas, ficou alí tranquilo, e a gente elas tentavam devorar, mesmo usando o fumigador, que saía milhões de vezes mais fumaça do que o cigarro de palha... No fim, ele não levou nenhuma. Lembram-se daqueles doidos com enormes "barbas" de abelhas? Tudo isso é controle psicológico. Um amigo daqui de Mairiporã levou mais de 150 picadas, e ficou 4 dias internado, com inibição na coagulação do sangue.

    As feridas pequenas que ele havia feito ao rolar o barranco de uns 30 metros, desesperado, não paravam de minar sangue, durante uns 2 dias.

    • Proteja sobretudo os olhos. Uma picada certeira, dada diretamente na superfície do olho tem quase 90% de chances de ocasionar a perda total da visão. Há casos relatados. Na pior das hipóteses, se o ataque for muito forte e você não conseguir abandonar o lugar, pense direto nos olhos, e não os abra. Fique de bruços no chão e cubra a cabeça o mais que puder, de olhos apertados.
    • A magnitude do ataque é diretamente proporcional ao tamanho do enxame. Quanto mais numeroso, mais instável é o clima "político" nele, mais encorajado fica. Enxames populosos "clamam" por uma nova rainha, pra poder se dividir e migrar, no seu ciclo normal. Esse é um momento ruim pra cruzar um enxame desses. Por outro lado, uma vez dividido, se está ainda enxameando, ou seja, procurando por uma casa, ou acabado de chegar a um lugar que considerou adequado, passam a ser muito mais mansos. O que impressiona no ataque do CCZR é seu alcance, pegou pessoas na carteirinha, cume e paredão, além da trilhinha. E a rapidez com que foi desfechado. Era muita abelha.
    • Por fim, a triste verdade, que já foi reportada como lenda: cada pessoa possui uma reação distinta à picadas, e isso varia demais. Há casos de mortos com 3 picadas (sim, três) e casos de sobreviventes com mais de 250. Cientificamente, se diz que um ser humano pouquíssimo alérgico suporta no máximo 400 picadas. (Acompanhe texto ao final destas recomendações, para saber mais sobre aspectos clínicos das picadas e tratamento adequado)
    • Nestas situações, naturalmente não é possível seguir uma "cartilha" de passos pra se livrar do ataque, muitas vezes porque algumas circunstâncias impedem, por exemplo, pra quem estava encordado e na parede, ficar de bruços ou se esfregar na vegetação. As circunstâncias são muito importantes no desfecho dos ataques, e em geral só conseguimos nos lembrar e fazer uma coisa ou outra, nunca tudo, senão todo mundo se safaria bonitinho, coisa que infelizmente raramente acontece.
    Tudo acontece sempre muito rápido, por isso mesmo é importante tomar uma atitude logo que a coisa inicia, pois logo depois instaura-se o caos e o desespero, impedindo-nos de pensar em uma atitude a tomar. Esse pânico representa perigo; podemos, em nosso desespero, cair de um desnível perigoso (no cume do Cuscuzeiro havia 2 ou 3 pessoas, que não entraram em pânico porque conseguiram se esconder precariamente no bambuzal, tomando picadas, mas se estivessem sofrendo um ataque maciço, poderiam se desesperar e sofrer uma queda de lá de cima, até isso é possível de acontecer), tropeçar, escorregar, ou mesmo se demorar a fazer algo e levar um número fatal de picadas.

    Em todo o caso, se não existe um passo a passo, pelo menos é bom memorizar algumas coisas, e tentar se lembrar de algumas delas se um dia precisarem. Espero que nunca precisem, pois é um momento muito ruim. Espero que estas informações possam ajudar, caso necessário.

    por João Paulo Mazili Costa
    http://www.marski.org/artigos/121-artigos-tecnicos/1-abelhas-conhecendo-e-evitando-ataques
     
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  2. William Moya

    William Moya Active Member

    Eu tive duas experiências com abelhas, a primeira foi no Col do Baú em São Bento do Sapucaí, bem em cima da escadinha onde estávamos em um pequeno grupo quando um de nós falou "Abelhas! Silêncio! abaixem e se escondam!" todos corremos para os arbustos e ficamos quietos, e rapidamente um enxame meio espalhado passou por nós sem picar ninguém. Um morador local disse que possivelmente estavam escoltando a rainha para um outro local.

    O segundo incidente foi até engraçado, eu estava em Itamonte escalando no PICU já montando a parada no cume, quando ouvi um barulho que imaginei ser do escapamento de uma moto rsrs pensei "Agora que cheguei no cume estou ouvindo a moto na rodovia." Entretido montando a parada e ouvindo o escapamento da moto e imaginando a distância da rodovia...rsrs passa pelas minhas costas um enxame de abelhas, foi tão rápido que não deu tempo para se assustar, olhei de canto de olho e elas já passaram e estavam a uns dois metros e indo embora.
     
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  3. William Moya

    William Moya Active Member

    Vou relatar um caso que um amigo Flávio me contou, parece história de pescador de tão impressionante, ele comentou que estava eu acho na falésia Paraíso em Pindamonhangaba quando ouviu o que parecia ser um avião caindo com um barulho muito alto, e de repente uma sombra enorme se fez na falésia, e ele realmente pensou que era um avião caindo rsrs e se jogou no chão, e pouco instantes depois percebeu ser um grande, realmente grande enxame de abelhas que fez escurecer o local. Não levou nenhuma picada.

    Olha sinceramente eu não duvido, mas que é impressionante é.
     
  4. Robert Wullstein

    Robert Wullstein Moderator Moderador

    Acho quase todo mundo que perambula pelo mato já teve algum contato com abelhas e semelhantes. Há muitos anos atrás, a gente estava escalando na Pedra Partida em Atibaia. Não me lembro mais da via. Eu já estava em auto segurança, abrindo o oito, quando uma abelha começou me rodear, logo veio outra e outra, cada segundo aparecerem mais. Avisei meu parceiro para me dar segurança, passei a corda pelos grampos, fiz um oito laçado clipei com um mosquetão na cadeirinha, arranquei a equalização (havia usado uma equalização express) e gritei “me segure, vou pular”. Foi um pulo de uns 3 metros. Em seguida meu parceiro me desceu rapidamente. Cheguei ao chão sã e salvo sem uma picada. Tive muita sorte !

    Nunca levei picada de abelha durante uma escalada mas, já levei varias vezes ferroadas de marimbondo. Uma vez enfiando a mão numa fenda, onde havia uma colmeia de marimbondos. Isso doeu ! Fomos direto no hospital. Chegando lá, minha mão parecia uma luva de borracha inflada. Mas, o pior incidente com ferrões voadores sofri no quintal da minha casa quando resolvi podar alguns arbustos. Escondido pelas folhas, havia uma colmeia de vespas que não concordaram com meu serviço. Uma, só uma, me ferrou bem na testa. Doeu, eu me afastei, continuando meu serviço num outro canto. Percebi que a testa começou inchar. Não liguei, conhecia a reação de outras ocasiões. Resolvi tomar uma água e entrei na casa. Quando a minha esposa me viu assustou “o que aconteceu” ? Expliquei o ocorrido e quis continuar no quintal mas, ela insistiu me levar no hospital. Foi bom assim. Quando cheguei no hospital quase não enxergava mais nada. Lá me encheram tanto de injeções e infusões que apaguei cerca de 6 horas. Levou 2 ou 3 dias para desinchar completamente.

    E qual é a conclusão ? Limpar o quintal é mais perigoso do que escalar ! :D:D
     
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  5. William Moya

    William Moya Active Member

    Robert, dei boas risadas com seu relato :D
    Fiquei imaginando sua testa inchadao_Okkkkkkkkkkkkkk
     
  6. Robert Wullstein

    Robert Wullstein Moderator Moderador

    Olá William.

    Não precisa nem imaginar. Olha a foto em baixo, que a minha esposa tirou ao voltar do Hospital. Graças a medicação o meu rosto já havia desinchado. Hoje, eu também acho engraçado vendo essa cara deformada mas, naquele dia não foi nada divertido.

    upload_2018-6-12_17-35-41.png
     
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  7. Robert Wullstein

    Robert Wullstein Moderator Moderador

    Voltando ao assunto do seu tópico. Pensando em animais peçonhento costumamos pensar mais em cobras, arranhas ou escorpiões. A gente não costuma relacionar abelhas com algum perigo real. Talvez por que produz um mel delicioso que quase todo mundo adora e, a maioria dos adultos já foi picado sem consequência grave; a não ser quem esteja alérgico. Porem, quando atacam em enxame, a metade dos incidentes é fatal. O que me lembra da morte do nosso ídolo, Davi Marski. Que faleceu há três anos atrás, durante uma escalada em Andradas; após ser atacado por um enxame de abelhas. Assisti, algum tempo atrás, um documentário sobre esse assunto. Alguns pontos chave fiz questão de recordar e que batem em parte com as informações do começo do seu tópico :
    • As pesquisas indicam que o suar humano deixa as abelhas irritadas. Como cada pessoa tem um cheiro diferente, pode ser uma explicação por que as abelhas, num grupo de pessoas, atacam algumas mais do que outras.

    • Como o João Paulo já mencionou elas atacam mais as áreas escuras. Num experimento com bonecos atacaram principalmente cabelos (escuros), detalhes escuros das roupas, olhos, boca, nariz, ouvido.
    Como deve reagir :
    • Se puder corre ! Elas não costumam perseguir mais do 150-200m

    • Não pule na água ! Ao erguer a cabeça para respirar vão entrar na sua boca !

    • Caso tenha isqueiro e algo inflamável na sua alcance faça um fogo e produz fumaça. Folhas verde, plástico ou borracha criam uma boa fumaça.

    • Durante a escalada muitas vezes não tem como fugir. Protege a cabeça até o peito. Pessoas que cobriram a cabeça e pescoço sobreviveram centenas de picadas. Mas, se você for picado por meia duzia de abelhas próximo ao pescoço pode morrer em minutos pois o inchaço pode fechar as vias aéreas. A mesma indicação vale para olhos e ouvidos. Um inchaço nesses órgãos pode ser perigoso. Caso estiver escalando prende a auto segurança pois, se o seu parceiro também for atacado pode soltar no susto a corda. Tire a camiseta, e não importa se você é mulher e vai deixar os peitos a vista, e cobre cabeça e pescoço.

    • Para as mulheres : Lembrem-se que as abelhas atacam de preferência áreas escuras. Caso precise tirar a camiseta para proteger a cabeça não seria nada bom vestir um sutiã preto.

    • E por mais desesperado que você esteja, espere o ataque terminar. Você não tem outra opção.
     
  8. João Luiz

    João Luiz Member

    O relato do Robert foi engraçado e ainda bem que ouviu sua esposa e correu para o hospital.

    Nunca pensei que esse assunto fosse tão sério e perigoso :eek: e nunca tive nenhum encontro com abelhas, apenas com alguns marimbondos solitários . Os marimbondos atacam em enxame também?
     
  9. Robert Wullstein

    Robert Wullstein Moderator Moderador

    Olá João.

    Pois é, para isso a gente casa. Para ter alguém ao seu lado que ti completa e ajuda tomar as decisões certas.

    Marimbondos não costumam atacar em enxame, a não ser que você é considerado uma ameaça a colmeia. E, mesmo assim apenas alguns ferram, enquanto nas abelhas podem ser centenas. Apesar da aparência intimidadora marimbondos só picam se você os aperta ou chegou muito perto a colmeia. Normalmente apenas um ataca. Se você se afasta alguns metros não vão ti seguir. Diferente das abelhas, os marimbondos conseguem picar varias vezes e não morrem.
     
  10. Alex

    Alex Member

    Acredito que boa parte dos escaladores já tiveram algum contato com abelha nos picos de escalada, quem costuma fazer parede mais. Eu não sou diferente.
    O texto extraido do site do finado Davi.. postado acima tem todas as orientações dadas em um curso de apicultura "Eu fiz o curso". Mas chega ser triste pois o Davi Marsk veio a falecer devido a um ataque de abelha ocorrido no pântano em Andradas durante uma escalada. Ele já havia sofrido com isso no Baú mas na ocasião ele tomou o anti alérgico. Já em Andradas ele veio a falecer e seu remédio estava na mochila mas não consegui chegar até ela.

    E no caso Do cusco lembro bem apesar de não estar lá.. pude ler vários relatos e conversar com pessoas que estavam.. Foi algo meio difícil de prever, pois se tratou de abelhas transitórias. Elas ocupara o pico derrepente e isso é bem comum. Acredite. "Sempre sou chamado para tirar abelhas de lugares que até uma hora antes não tinha nada e em pouco tempo virou um fuzeiro". Teve gente que se jogou da via .... O lugar após o ocorrido foi descrito com parecia um campo de guerra..
     
  11. João Luiz

    João Luiz Member

    Alex, essa foto é do Marski?
    davi-marski-400x400.jpg
     
    Editado por um moderador: 18/6/18
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  12. Alex

    Alex Member

    João não posso afirmar com precisão. Parece com ele, e a cor do capacete bate com um dos capacetes que ele usava.
     
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  13. Alex

    Alex Member

    Até a cor da fita reluzente na borda do capacete esta de acordo. Creio que seja sim ele... olhando com mais cuidado..
     
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  14. Robert Wullstein

    Robert Wullstein Moderator Moderador

    Olá pessoal. Vocês vão me desculpar mas, eu não gostei essa foto. Pensem na família do Davi. Imaginem que alguém publica uma foto de seu pai ou mãe falecido no seu leite de morte nas redes sociais. Vocês iam gostar ? Além de um ótimo montanhista era um cara legal. Eu prefiro me lembrar dele como era em vida.
     
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  15. Administrador

    Administrador Administrator Moderador

    Robert, alterei a imagem. Obrigado.

    Luiz, por favor espero que entenda. Obrigado.
     
    Última edição: 18/6/18
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  16. João Luiz

    João Luiz Member

    Me desculpem
     
    Alex curtiu isso.
  17. Andrebaptista

    Andrebaptista Moderator Moderador

    Estava pesquisando sobre o acidente com o Marski e vim parar aqui. Sempre ouvi falar em ataques de abelhas, mas não tinha noção do tamanho do perigo até ler os detalhes dos dois ataques sofridos por Marski, sendo o segundo fatal, apesar dele ser uma pessoa extremamente preparada para esse tipo de emergência, e, supostamente, não ser alérgico, conforme consta de seu relato do primeiro ataque. Assustador.
     
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  18. Mateus

    Mateus New Member

    Pessoal, lendo esse importante tópico fiquei na duvida se sou alérgico e pesquisei na internet, e para colaborar segue o texto...
    ...
    1- Se após ter sido picado a zona afetada tem mais de 10 centímetros de diâmetro, isso poderá ser um claro indício de que é alérgico.

    2- Já passaram mais do que 24 horas desde que foi picado e a reação ainda persiste? Este é outro indício claro de que é alérgico.
     
    William Moya e Andrebaptista curtiram isso.
  19. Alex

    Alex Member

    ATé onde eu conhecia o Davi ele tinha alergia.
     
    William Moya curtiu isso.
  20. Alex

    Alex Member

    O que mais chamou atenção na analise do acidente, foi que o antialérgico dele estava na mochila na base da via.
     

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