Poste aqui seus erros, para que outros possam ficar espertos. Então lá vai uma cagada que fiz...kkkkk Fui escalar o Dedo de Deus, essa seria minha terceira vez. Lá no segundo trecho dos cabos de aço eu fiz segurança para meu parceiro, e existe ali um plato de terra e uma chapa, e sendo esse plato de terra e bastante largo, decidi erroneamente não me ancorar na chapa e apenas fiz a segurança. Bom, fazendo a segue, parte do plato desbarranca e vou junto com terra e tudo para baixo, cai cerca de 1,5 metros e parei porque travou no atc e sorte que tinha outro plato abaixo... kralho não imaginei que o plato iria cair. Aprendizado... Por mais que o plato lhe passe confiança, e ainda mais se ele for de terra ou terra com vegetação, sempre fique ancorado.
Outra Escalando na Maria Antônia em Pedra Bela, quando passei as cordas no ATC meu mosquetão pegou apenas uma corda e não as duas, eu não notei na hora e quando fui testar o rapel antes de sair da parada, levei um tranco, cai no sistema da parada, no susto vi a merda que fiz. 1) Sempre teste o rapel antes de sair da parada; 2) Sempre faça o backu-up no rapel com cordelete e nós Prussik ou Machard, um dia vai ver que foi salvador; 3) Sempre junte as pontas das cordas com dois nós Azelha.
Mais um... Seguindo as regras do curso básico, eu sempre dava um nó em cada ponta da corda antes do rapel, e depois de feito o rapel e ao puxar a corda esqueci de tirar os nós e quando vi umas das pontas já estava a uns três metros acima. Como resolvi?! Entrei na outra ponta, e com a corda que tinha na parada deu para fazer a segurança, escalei novamente o pequeno trecho e peguei a corda. Aprendizado... Em vez de um nó em cada ponta da corda, é melhor emendar a corda com dois nós azelha, pois necessariamente vai ter que desfazer a emenda para puxar a corda e nunca mais vai puxar a corda com nó na ponta.
Mais um... Cola na rocha, rsrs parece estranho mas tem vias onde agarras que quebraram foram colocadas novamente no lugar, literalmente foram coladas para que a via volte a ter a graduação original, nas vezes que percebi que a agarra estava colada eu evitei de pegar ou pisar nela... kkkk fiquei com receio de descolar, sei lá, tentei escalar sem usa-la e já viu né tudo ficou mais difícil e quedaaaaaaaaaa Então, se alguém se deu ao trabalho de colar uma agarra.... Então.... a use kkkkkk
Mais um... Esse aqui é triste...kkkk me ferrei As vezes tem vias que terminam no meio da parede e a partir dela começa outra via, tem vias que se cruzam ou tem vias que ficam próximas uma da outra. Olha a merda, escalando no capacete a via CERJ (D3 5 VSup E4 - 400mts), uma cordada antes do artificial "P7" fui seguir uma trilha de magnésio e entrei numa via chamada Fata Morgana, quando estamos em uma via é normal seguir as marcas de magnésio, foi o que fiz, quando me vi perdido na parede, que merda, aquela trilha de magnésio era tipo uma variante clandestina, com uma dificuldade muito maior até aquele momento. Como fiz para consertar? Escalei cuidadosamente até um galho de arvore e fiz um rapel. Aprendizado... 1) Olhe o croqui cuidadosamente e quando mostrar variações para outras vias fique esperto; 2) Nem sempre a trilha de magnésio é o caminho certo; 3) Saiba fazer rapel em uma árvore.
Confessar os próprios erros é as vezes mais difícil do que escalar uma montanha. Parabéns Wiliam ! Outro momento, quando estiver com mais tempo, conto das minhas roubadas.
Sou novato, em setembro farei três anos um bebê. Mais um... Estava em Paraibuna no Paredão dos Remédios, e enquanto meus dois amigos "André e Rui" escalavam, fiquei perto da base da via deitado na relva olhando as nuvens e curtindo o som do silêncio. Foi quando comecei a ouvir o som de um apito, e rapidamente em segundos o som chegou perto de onde eu estava deitado e foi quando ouvi o impacto de uma laca de rocha na terra. Uma laca de rocha um pouco maior que uma carteira, ao cair anunciava sua jornada com um assobio no vento, e caiu a cerca de um metro da minha cabeça. Se aquela pedra caísse no meu rosto ou em qualquer parte do meu corpo, tenho certeza que seria grave meus ferimentos. Aprendizado... 1) Se tem escaladores na rocha, se afaste da base da via. 2) Em escalada tradicional onde não se enxerga a base ou se tem pessoas abaixo na mesma via, se uma pedra sair em sua mão, leve para o cume e evite jogar abaixo.
Esse BO de coisas que caem de cima é um risco grande. Neste fds, lá M. Antonia, uma cordada tripla que estava bem acima da gente e em outra via, deixou cair um rádio que bateu na mão de meu parceiro. Poderia ter fraturado um osso. Congestionamento também é um problema na escalada.
Mais um... Escalando uma trad na Ana Chata em São Bento do Sapucaí... Estava revezando a guiada com meu parceiro André, quando cheguei na proteção "Chapeleta" e fui pegar a costura.... cadê?!?! Esqueci de pegar com meu parceiro Sinceramente isso aconteceu várias vezes comigo, ora esquecia as costuras na ansiedade de escalar, outras vezes esquecia de levar a parada. Como resolvi esse problema comigo? Antes escalar e faço o check e me pergunto duas coisas. 1) Costuras? 2) Parada? Hoje não esqueço de levar esses itens, posso esquecer outros kkkk e também não deixo meu parceiro sair sem levar esses itens.
Mais um... Lembrei de mais um caso Importante é aprender a fazer uma proteção em bico de pedra, eu e meu parceiro André que estava guiando uma enfiada na Ana Chata - via Elektra , por algum motivo, saímos da via e fomos parar em outra via Percebemos que o croqui não batia e não tinha como desescalar, decidimos fazer uma grande travessia e voltar para a via, mas não existia proteção fixa e aprendi com meu parceiro o procedimento de achar uns bicos de pedras para proteção. Passamos um cordelete com costura no bico de pedra e clipamos a corda. Conseguimos voltar para a via e escalamos a linda via Elektra. Obs.: Não estou orientando a usar esse procedimento em sua escalada para se proteger, apenas fizemos isso pois não tínhamos equimos móveis e usamos o que tínhamos a disposição.
Meu pior erro foi não usar prussik na corda durante um rapel que fizemos após a escalada de uma via. Os rapéis foram feitos todos durante a noite, estávamos muito cansados pois a escalada tinha durado o dia inteiro. Senti a corda da mão que estava fazendo o rapel ficar leve, olhei para baixo e não tinha mais corda. A pessoa não havia feito o nó no final da corda e estávamos a uns 100 metros do chão. Estou aqui para contar, mas sugiro sempre verificar pois mesmo estando consciente da falta do nó e o prussik as condições da parede podem lhe fazer errar.
Toda técnica se insere em um contexto, e, portanto, devemos procurar entendê-lo para não sair por ai aplicando-a de forma automática. Por exemplo, dar o nó na ponta da corda e ou uni-las durante o rapel é algo desnecessário e, diria, até indesejável, se você está fazendo um rapel onde se consegue ver que a corda chegou ao chão. Eu fico curioso quando vejo alguém dando nó na ponta em vias esportivas de 30m com a corda chegando no chão. Pra que isso?
É para não esquecer! É importante dar o nó na ponta da corda mesmo em vias esportivas, apenas para nunca esquecer do procedimento. Escalando na pedreira de São Roque com uma turma de amigos, fiz a segurança de uma amiga, nunca tinha escalado com ela antes, e após sua escalada ela decidiu rapelar, perguntei se ela sabia dos procedimentos e ela disse que sim. Fiquei tranquilo liberei a segurança dei as costas e fui ficar com a turminha. Após alguns minutos só se ouve a GRITARIA, suas amigas perceberam que uma das pontas não tinha chego no chão e na verdade faltava muito, ela não meiou a corda, e achou que o que puxou tinha sido o suficiente. Ficamos aliviados pois faltava alguns centímetros para vazar da corda, e eu fiquei também chateado comigo mesmo, pois não deveria ter deixado de olhar os procedimentos da moça. Vejam que mesmo numa esportiva se pode se fazer um nó nas pontas.
Gostei das experiências e vou contar uma que quase deu merda. Estava escalando com minha namorada na Falésia Paraíso (escalada esportiva), ela estava de top rope, fizemos o duplo cheque padrão antes de ela começar a escalar, conferindo os nós, fivelas, capacete, segurança, etc.... tudo certo... borá escalar... Ela subiu um pouco e logo pediu para descer reclamando e pedindo para ajustar a sapatilha, ela tirou a sapatilha sentou e ficamos conversando alguns minutos sobre assuntos os quais nem lembro, bom, ela recolocou a sapatilha e voltou a escalar, chegou na parada e me disse para pegar, todos sabemos que isso significa que ela vai entrar na corda, foi aí que ela percebeu algo errado e se ancorou na parada, depois pediu para pegar e descer ela de baldinho, tudo certinho a não ser pela fisionomia dela de assustada, perguntei o que aconteceu e aí que vem a merda. Quando ela pediu para pegar da primeira vez, ela olhou para o nó 8 de sua cadeirinha e percebeu que o nó estava pela metade, o nó estava passado pelas alças da cadeirinha, mas não estava guiado completamente, não preciso escrever que ela só corrigiu isso quando chegou na parada né. Eu disse que eu e ela tínhamos conferido e que estava tudo certo, mas aí vem a merda, quando ela voltou para o chão da primeira vez, ela tirou a sapatilha, mas também desfez parte do nó 8 da cadeirinha enquanto conversávamos, e eu não vi ela fazendo isso e não refizemos o duplo cheque pois para mim e para ela só tinha tirado a sapatilha. Em resumo, que sorte que ela não caiu enquanto escalava, que sorte que ela antes de entrar na corda conferiu o nó. Dica: não custa nada bater o olho novamente nos procedimentos de segurança.