por Hernani Paiva ... gostaria de apresentar um lugar que é um pouco esquecido do público de São Paulo, e que ouvi falar a apenas poucos meses e efetivamente conheci apenas no ultimo mês em companhia do Douglas Bento e do Rodrigo Marins (este antigo frequentador do lugar) e, após mais uma visita, recomendo aos escaladores de são Paulo e região metropolitana que conheçam a Pedreira do Marmeleiro em São Roque. Pedreira é sempre difamada. Alguns até dizem que a energia não é ruim porque é fruto do processo contínuo de violência realizado a partir de explosivos e da exploração gananciosa etc e tal... Outros que a rocha não tem uma boa aderência, com ângulos muito retos, com risco constante de quebra de agarras e rochas soltas. Ainda outros alegam que são lugares mal frequentados que ficamos sujeitos a assaltos e importunação de rapeleiros. Cada um tem seu pouco de verdade. A Pedreira do Dib em Mairiporã é o exemplo acabado desses três itens elevado a alguma potência. Não por acaso frequento cada vez menos e cada vez mais os escaladores paulistanos menos falaram sobre esse pico. eu na seg do Rodrigão na Marimbas (4º), setor baixo No entanto gostei do que vi na Pedreira do Marmeleiro. 1º Fácil de chegar: a apenas 40 minutos de estrada de São Paulo, pela Raposo Tavares ou pela Castelo Branco. Fica próxima ao centro da cidade. Porém é preciso pegar uma estrada de terra que nesses tempos de chuva não se encontra em melhores condições. Mas também não precisa de ser 4x4 para passar . 2º Tranquilidade: não tem exploração por empresas de rapel e atividades e movimentações estranhas. Nas duas vezes que fui havia apenas escaladores. A maioria de Sorocaba. 3º Qualidade das vias. Apesar de ter aquelas velhas questões de vias em pedreira (aderência ruim, superfícies chapadas, ângulos retos das agarras, rompimento de blocos) achei a qualidade das vias muito boas, com linhas interessantes, bela movimentação. Destaco a via Carcara (6ºsup), crássico do lugar! Com lindo movimento em fenda, forte sequencia mas dentro da cotação e em boas agarras. Na verdade eu esqueci que estava escalando em uma pedreira! Doulgas guiando a Carcará (6sup), setor baixo 4º Renovação: O pico foi conquistado a partir de fins da década de 90, e nos últimos tempos uma nova onda de conquistadores está trabalhando em novas vias. Na última vez que estive lá entrei em uma via nova, a Mijadinha (cotada em 6º sup, mas acredito que seja um 7A). Via muito legal, longa (creio que seja uns 26 metros), regular e com um belo crux que dá a cotação que imagino. E no mesmo dia estavam conquistando uma nova via que em breve será mais uma nova. vista para o setor alto Informações básicas sobre o local. O pico tem dois setores. Um baixo, parede com aproximadamente 15 metros e que tem a maioria das vias (em torno de 25) e face leste; e outro face oeste com uns 70 metros de altura com menor número de vias, só que mais longas e fortes. O setor mais baixo pega sol direto desde as primeiras horas da manhã. O ideal é escalá-lo ou no começo da manhã ou após as 13 horas, quando começa a ficar sombreado. O setor mais alto, o sol começa a pegar mais ou menos a partir das 11. Para esses tempos de pré-temporada que não vale a pena arriscar longas viagens de bate volta e fazer trad só sonhando recomendo a Pedreira do Marmeleiro, a apenas 60 Km de São Paulo. vista para o setor alto, ao centro da imagem atrás das árvores as vias Rodrigão na Alvora Boreal (6º), excelente via longa e regular com aproximadamente 28metros Rodrigão na Alvora Boreal (6º), excelente via longa e regular com aproximadamente 28metros Fonte: http://rochagelo.blogspot.com.br/2016/02/pedreira-do-marmeleiro-sao-roque.html
No passado escalamos muito na Pedreira do Dib, em Mairiporá. Paramos de frequentar o local justamente pelo mesmo problema que se vê no vídeo em cima. Lamentável !
Lamentável esse vídeo, mas as coisas no Dib mudaram muito, o proprietário criou regras, e para cursos têm que se pagar uma taxa. Os escaladores reformularam algumas vias expostas para deixar mais protegidas, foram abertas novas vias bem acessíveis e super protegidas. O Dib se tornou um excelente campo escola, um local de amigos e família, um novo croqui está sendo criado. Vale a pena você voltar e conferir.
Olá William. Faz 10 anos ou mais que não escalo mais no Dib. È bom saber que a situação do local mudou. Agradeço a dica !